Páginas

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

NOTA PÚBLICA CONTRA A EXPULSÃO DE ESTUDANTES DA USP‏

Na última sexta-feira, dia 16 de dezembro de 2011, em despacho publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo, o reitor João Grandino Rodas anunciou a expulsão de seis estudantes da Universidade de São Paulo, que estão participando da ocupação na moradia estudantil (CRUSP). A reitoria da USP optou pela pena de eliminação do corpo discente da universidade e exclusão do CRUSP a estudantes em luta por uma política de permanência estudantil que possibilite que estudantes de baixa renda possam frequentar a universidade pública.

Essa agressão ao direito democrático de organização e ação política no interior da universidade foi respaldada por um decreto dos anos de Ditadura Militar, mais precisamente de 1972. O decreto mencionado, em seu artigo 250, trata como falta grave de disciplina, passível de punição, as seguintes ações: “promover manifestação ou propaganda de caráter político-partidário, racial ou religioso, bem como incitar, promover ou apoiar ausências coletivas aos trabalhos escolares”. O conteúdo deste decreto está claramente em contradição com o livre direito de greve e de manifestação política, garantidos pela Constituição Federal de 1988.

Essa medida do reitor é parte integrante da política repressiva da administração da universidade e do governo estadual contra o movimento organizado no interior da USP. Só neste ano de 2011, vimos a ameaça de demissão de dirigentes sindicais do SINTUSP, a prisão de 73 estudantes que se mobilizavam contra a presença da Polícia Militar no campus e, agora em meados de dezembro, essas absurdas expulsões. Explicita-se a intenção das autoridades constituídas de quebrar qualquer resistência à aplicação de seu projeto de universidade.

Diante deste grave acontecimento, as entidades e organizações políticas abaixo assinadas repudiam a repressão exercida por João Grandino Rodas e convocam o conjunto dos movimentos estudantil, popular e sindical brasileiros a se incluírem numa grande campanha em defesa da liberdade de manifestação política, instando a reitoria da USP a anular imediatamente a expulsão desses seis estudantes.
.
Assinam:
ADUSP – Associação dos Docentes da USP
SINTUSP – Sindicato dos Trabalhadores da USP
DCE Livre da USP “Alexandre Vannucchi Leme”


AMORCRUSP – Associação de Moradores do CRUSP gestão “Unidade Cruspiana”
CA XXXI de Outubro – Centro Acadêmicos 31 de Outubro [Enfermagem]
CAASO – Centro Acadêmico Armando Salles de Oliveira [São Carlos]
CAELL – Centro Acadêmico de estudos Literários e Linguístico “Oswald de Andrade”
CAER – Centro Acadêmico “Emílio Ribas” [Saúde Pública]
CAF – Centro Acadêmico da Filosofia “Prof. José Cruz Costa”
CAHIS – Centro Acadêmico de História
CAHS – Centro Acadêmico Hebert de Souza [Gestão de Políticas Públicas]
CALC – Centro Acadêmico Lupe Cotrim [ECA]
CAMAT – Centro Acadêmico da Matemática
CAPPF – Centro Acadêmico Professor Paulo Freire [Educação]
CARB – Centro Acadêmico “Rui Barbosa” [Ed. Física]
CAUPI – Centro Acadêmico Unificado de Pirassununga
CEGE – Centro de Estudos Geográficos “Capistrano de Abreu”
CEQHR – Centro de Estudos Químicos “Heinrich Rheinboldt”
CEUPES – Centro Universitário de Pesquisa e Estudos Sociais [C. Sociais]
DALorena – Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia de Lorena
NCN – Núcleo de Consciência Negra


ANEL, ANDES-SN, CSP-CONLUTAS, Oposição de Esquerda/UNE, SINASEFE, SINSPREV/SP, STU – Sindicato dos Trabalhadores da UNICAMP, Sub-Sede da APEOESP Santo Amaro, MTST, SEPE-RJ, SindRede-BH

 Organizações:
Barricadas Abrem Caminhos [Rompendo Amarras], Coletivo “Há quem sambe diferente”/PUC-Minas, Coletivo Construção, Coletivo Geografia na Luta/UFS, Coletivo “USP que queremos”, Construção Coletiva, Dialogação [Rompendo Amarras], Domínio Público [Rompendo Amarras], Frente de luta dos CA’s/UFMT, Juntos, Juventude LibRe, Movimento 89 de Junho (PUC/RS), Não Vou me Adapar (chapa pro DCE Livre da USP), Universidade em Movimento, Coletivo Feminista Yabá, Coletivo “Tomando o céu de assalto”/PUC-SP, Coletivo Viramundo

 DCE’s: UEM, UFJF, UFPA, UFPel, UFRGS, UFRJ, UNICAMP, UFU

 CAAP/UFMG
CABAM/UFRGS
CACIS/UFU
CAEF/UEM
CAEF/UNIFAP
CAHIS/UFU
CAPSI/UFMG
CECS/UFRGS
ComuniCA/UFMG
DA 26 de Julho/UFES
DA Direito/UNESP-Franca
DA ICB/UFMG
DA Letras Gestão “Ao Pé da Letras”/UFMG
DA Musica/UFMG
DACEFD/UFSM
DACEL/UNESP-Bauru
DACOI/PUC Minas

Executivas e Federações de Curos:
CEREGENE – Coord. Executiva Regional dos Estudantes de Geografia do NE
CONEEG – Confederação Nacional das Entidades Estudantis de Geografia
CONEP – Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia
ENEBio – Executiva Nacional dos Estudantes de Biologia
ENECOS – Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social
ExNEEF – Executiva Nacional dos Estudantes de Educação Física
FEMEH – Federação do Movimento Estudantil de História
FENED – Federação Nacional dos Estudantes de Direito

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Consulta Eletrônica em defesa da EDUCAÇÃO PÚBLICA


Para quem ainda não participou do Plebiscito Nacional por 10% do PIB na Educação Pública segue o 
link para a consulta via eletrônica. Participe, divulgue! 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Agora "O Samba faz História!" - Atividade de encerramento da Semana de História UFU 2011

Pessoal, como somente hoje pela manhã a Prefeitura Universitária nos informou que houve uma determinação juducial que retira a autonomia da UFU em decidir sobre os eventos festivos e culturais e proibe a realização deste no interior da UFU, até que a Universidade finalize sua resolução interna para eventos, A ATIVIDADE FOI TRANSFERIDA PARA A REPÚBLICA MASMORRA, NA RUA ISAAC DE OLIVEIRA, 221.

Haverá apresentação do grupo Quarteto Gafieira. O repertório abrange o samba e suas várias vertentes, como o samba de morro, samba canção, samba rock, samba enredo e samba bossa, além dos boleros nacionais e internacionais, chorinho e forró pé de serra.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ELEIÇÃO PARA DIREÇÃO DO INSTITUTO DE HISTÓRIA‏


Pessoal, ocorrerá no dia 26 DE OUTUBRO DE 2011 o processo eleitoral para eleição do Próximo Diretor do Instituto de História.

Os candidatos inscritos são:
-PROF. DR. LEANDRO JOSÉ NUNES
-PROF. DR. MARCELO LAPUENTE MAHL

As eleições ocorrerão no BLOCO 1H nos seguintes horários:
08:00h às 11:00h / 13:30h às 16:00h / 18:30h às 21:30h.


O Centro Acadêmico de História enviará as cartas de propostas dos candidatos e realizará o debate das propostas na TERÇA-FEIRA, 25 DE OUTUBRO de 2011.
Horários e locais serão divulgados em breve.

Divulgaremos aos estudantes sobre todas as informações acerca do processo eleitoral. 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

UMA OUTRA CALOURADA É POSSÍVEL! 08 a 26/11

O CAHIS convida todos os estudantes a construir conosco este projeto alternativo de Calourada, iniciado por DA's e CA's da UFU. Em breve divulgaremos a programação de atividades e eventos culturais.





terça-feira, 18 de outubro de 2011

Carta Aberta Ocupação UFU – Campus Ituiutaba – MG

Carta do Movimento Estudantil do campus pontal da UFU que segue em ocupação.Todo o apoio aos estudantes do pontal na luta por uma expansão de qualidade!



Carta Aberta Ocupação UFU – Campus Ituiutaba – MG

Foto tirada pelo ME do campus UFU do Pontal
O Movimento Estudantil da Universidade Federal de Uberlândia – Campus Pontal, vem por meio desta se direcionar à comunidade a fim de esclarecer as causas e posicionamentos que desencadearam a presente ocupação do prédio administrativo do novo Campus.
Indignados, nos organizamos em uma linda marcha no dia 18 de Outubro, que partiu de um dos blocos alugados pela UFU como estrutura emergencial durante esses cinco anos de universidade, passando pela prefeitura da cidade, denunciando para a comunidade o descaso com os estudantes, até chegar no prédio do tão esperado Campus Pontal.
Essa se configurou em uma manifestação que reivindicava respostas às nossas “incertezas” em relação à brusca mudança das aulas e demais atividades acadêmicas para os espaços do novo prédio, sem as condições básicas necessárias para nos receber.
Ao chegar fomos recebidos pelo Diretor da Faculdade de Ciências Integradas do Pontal e organizamos uma plenária para discussão das pautas apresentadas pelo Movimento. Por compreender que nada que fora apresentado pelo diretor resultaria em encaminhamentos concretos, foi deliberado pelos estudantes a ocupação do prédio. Assim resistiremos até que nossas pautas sejam reconhecidas e recebamencaminhamentos.
Cansados dessa situação, só desocupamos o campus após uma assembleia com a reitoria a fim de apresentar nossa pauta:

Data concreta para a mudança com condições mínimas de infra-estrutura como asfalto e iluminação;

Garantia de Segurança no novo Campus;

Transporte até o campus;

Garantia de espaços físicos para as entidades do Movimento Estudantil - DCE e CAs de cada Curso;

Liberação de recursos para atividades dos alunos necessária á sua formação, como trabalhos de campo para os cursos que necessitam desta atividade;
.
Liberação de recursos para laboratórios

O Campus Pontal representa uma alternativa importante para responder a legítima demanda de expansão do ensino superior público e gratuito. Porém sua construção foi reflexo de um processo das expansões das Universidades Federais sem o devido cuidado com a garantia das condições mínimas necessárias para uma educação de qualidade, isso refletiu nas incertezas vivenciadas por nós estudantes!

Nesse sentido dizemos Não a essa expansão mal planejada!!!
A nossa luta é a favor de uma Universidade PÚBLICA, GRATUITA E DE QUALIDADE !!!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ATIVIDADE CULTURAL CONJUNTA DOS DA's E CA's

A atividade cultural conjunta dos DA's e CA's da UFU, realizada no último dia 07/10, contou grande participação e teve êxito em proporcionar um espaço de interação aos estudantes, com uma proposta de evento cultural pouco realizada no âmbito universitário.
Agradecemos a todos os DA's, CA's e estudantes que compareceram e ajudaram a construir o espaço! 



























quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Protesto dos DA's e CA's contra as posturas do DCE

Fotos do protesto dos DA's e CA's da UFU contra as posturas autoritárias do DCE e o projeto político de calourada imposto em desrespeito às deliberações do CONDAS (Conselho de DA's e CA's).

Fotos 
























CARTA ABERTA À COMUNIDADE ESTUDANTIL DA UFU SOBRE A CALOURADA-UFU (2º SEMESTRE DE 2011)



O conjunto de Centros e Diretórios Acadêmicos que assinam este documento vem tornar público sua posição contrária aos métodos anti democráticos no qual a Calourada desse semestre foi construída pela atual gestão do DCE “Agora só Falta Você”, composta pelos grupos políticos UJS e Kizomba. Um método que exclui a construção coletiva e “atropela” o debate.
Acreditamos que é função do DCE e do conjunto de entidades representativas dos estudantes, construir uma calourada capaz de apresentar esta nova realidade que é a vida universitária, através do olhar dos próprios estudantes. As Calouradas organizadas pelo DCE, D.A´s e C.A´s costumam ser momentos marcantes na trajetória de um estudante universitário e não podemos ser coniventes com posturas que transformam este espaço em apenas um evento festivo que serve para conexão do Triângulo Music. Onde estão os espaços que realmente expressam a vivência universitária na sua riqueza de debates políticos e culturais?
Adeus à Calourada?
Seja você estudante ou trabalhador da UFU, provavelmente já participou, participa ou, pelo menos, ouviu falar da Calourada.
É de se esperar, no entanto, que este evento seja percebido por muitos de vocês como um grande festival comemorativo, que reúne milhares de pessoas para “celebrar”, com muita música, bebida e liberdade, cada novo ciclo semestral, caracterizado principalmente pelo ingresso de novos indivíduos na vida universitária: os calouros.
No entanto, a Calourada não é só festa, embora tenha sido esta a tendência dos últimos anos. Tentaremos então explicar as principais questões que você precisa saber sobre este evento e esperamos que você possa se posicionar de alguma maneira.

O que é, ou deveria ser, a Calourada?
A Calourada é um momento que deve expressar a dimensão cultural dos indivíduos que compõe a universidade através de suas festas e comemorações, mas também é espaço de elaboração e reflexão de idéias, uma oportunidade de se pensar a relação da universidade com os indivíduos que estão dentro e fora dela. Afinal, qual deve ser o objetivo da universidade se não o de promover conhecimento útil à sociedade que a criou?
É um dos primeiros momentos em que o estudante, que acaba de ingressar em seu curso, começa a se familiarizar com o ambiente acadêmico, cultural e político oferecido pela Universidade, portanto, deve ser muito mais do que uma simples jornada de festas e álcool, deve mostrar que a juventude tem disposição para superar o divertimento puro e simples, e combater todas as concepções que nos tornam tão velhos quanto burros, e que nos privam da liberdade.
Além disso a elaboração, a organização e a execução da Calourada deve ser uma tarefa dos próprios estudantes. Perder o controle sobre essa responsabilidade significa perder a capacidade de pensar com coerência e autonomia as necessidades mais relevantes ao universo estudantil. Infelizmente é isso que vem acontecendo na UFU em vários aspectos, inclusive na Calourada.

Como é feita a Calourada?
Tradicionalmente, nas Universidade Públicas, a Calourada é construída pelas organizações estudantis. Estas organizações representam diretamente os alunos de um determinado curso, que são os Centros Acadêmicos (CA) e Diretórios Acadêmicos (DA), que por sua vez são organizadas por uma entidade estudantil central, o Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Estas entidades devem decidir conjuntamente a maneira como a Calourada deve ser feita, e o resultado desta construção deve contemplar tanto as demandas específicas dos estudantes e de seus cursos, quanto as demandas comuns a todos os estudantes no geral. É por isso que, embora não seja tão explícito, o nome adequado da Calourada é Calourada Unificada, já que é o somatório da organização cooperativa entre os DAs, CAs e DCE.
Além disso, o teor político, acadêmico e cultural do evento deve expressar uma concepção crítica da realidade, trazendo um debate que seja atual e ao mesmo tempo próximo aos estudantes, para que estes possam refletir e contribuir com toda a comunidade acadêmica e comunidade externa através das atividade realizadas no evento, que são mesas redondas, debates, oficinas, palestras, mini-cursos, intervenções artísticas, shows musicais, etc., de modo a oferecer um contraponto às tendências que inserem questões importantes para os indivíduos num senso comum geral e banalizante.

O que mudou na última Calourada?
Infelizmente muita coisa mudou, pra pior. Primeiramente não podemos mais considerar como uma Calourada Unificada.  Isso porque o DCE, composto por um grupo político hostil a várias demandas do movimento estudantil crítico e combativo da universidade, insiste em tomar as decisões mais importantes, desconsiderando o debate das outras entidades estudantis e deliberando ações contrárias a todas as concepções históricas e representativas de Calourada que mencionamos anteriormente.
Além disso, os últimos dois anos na UFU foram marcados pela tentativa da reitoria de acabar ou, pelo menos, enfraquecer os eventos culturais dentro da universidade. Isso gerou uma forte mobilização dos estudantes, que conseguiram, apesar de muito desgaste, impedir que as festas fossem proibidas e, mais ainda, conseguiram propor e aprovar um documento que além de autorizar as festas, cria critérios e normas para sua realização.
Mas isso não foi suficiente para resolver o problema das festas, embora tenha sido uma contribuição fundamental do movimento estudantil. O grande desafio dos estudantes passa agora a ser a capacidade de realizar eventos que sejam qualitativamente distintos daqueles que são promovidos de maneira comercial pela cidade de Uberlândia e região. Eventos estes que tem uma orientação de mercado, cujo princípio primordial é a lucratividade em detrimento de uma cultura realmente emancipatória.
Eventos de natureza comercial vinham acontecendo com freqüência na UFU, e o desdobramento disso foi o lamentável caso de violência ocorrido durante uma festa no dia 26 de agosto em que um jovem foi espancado por vários outros, resultando, em virtude disso, na suspensão temporária dos eventos em todos os campi da universidade. Esta situação impõe a nós estudantes a responsabilidade de repensar a forma e o conteúdo das festas, de modo a qualificá-las, para que todos vejam que a universidade pública ainda é um lugar referenciado culturalmente, onde a criatividade e a inteligência resistem à imposição quase industrial de valores, concepções e modos de vida totalmente distorcidos.

Como está sendo construída a atual Calourada?
 Neste semestre, em virtude da situação de suspensão das festas, que mencionamos anteriormente, a Calourada é o evento que deve reinserir a rotina de eventos festivos na UFU, portanto deve ser o parâmetro a ser adotado para as futuras festas. Isto significa que qualquer ocorrência grave pode prejudicar a permanência deste tipo de confraternização na UFU, acarretando a proibição definitiva das festas.
Com esta responsabilidade estavam os DAs, CAs e DCE quando tiveram de planejar a Calourada, no entanto, não houve respeito por parte da direção do DCE, composta pelos grupo político-partidários UJS (PCdoB) e KIZOMBA (PT), em relação tanto à orientação de qualificar as festas, quanto de definir o teor político e cultural da Calourada.
Isso significa que a Calourada UFU 2011 - 2º Semestre, é uma construção unilateral, antidemocrática, excludente e extremamente rebaixada do ponto de vista político-cultural. Para demonstrar a completa negligência da direção do DCE resgataremos algumas informações importantes.

Um histórico sobre os fatos:
No dia 13 de Junho de 2011 foi realizado um CONDAS (Conselho de Diretórios e Centros Acadêmicos) no qual houve a deliberação que no dia 26 do mesmo mês haveria uma nova reunião para discutirmos a Calourada 2011/02, para que essa fosse feita de modo democrático, respeitando a construção coletiva com as demais entidades e estudantes. Esta reunião, entretanto,  proposta para o fim do mês de Junho, nunca ocorreu, sendo a próxima reunião realizada apenas no dia 02 de  setembro .
Nesta reunião foi acordado entre todos os DA’s e CA’s em conjunto com o DCE que a temática da Calourada deste segundo semestre focaria a Universidade Pública: trabalho, assistência estudantil e acesso, englobando temáticas como as greves dos trabalhadores em educação, a campanha pelos 10% do PIB para a educação pública e as problemáticas vivenciadas pelos estudantes no âmbito da vida universitária. A gestão do DCE propôs que a Calourada ocorresse entre os dias 21 e 24 de setembro, menos de duas semanas após a reunião do conselho. Com esta data, as entidades e grupos e teriam apenas três dias para apresentarem propostas fechadas de atividades, condicionando a divulgação das mesmas para o conjunto de estudantes da universidade em outros três dias restantes antes da realização da Calourada (conforme informe de próprios representantes do DCE quanto aos prazos dos serviços gráficos).
Os DA’s e CA’s presentes na reunião em totalidade argumentaram sobre a impossibilidade de se organizar uma atividade no curto prazo de tempo que incluiria o fim de semana e a ineficácia de uma divulgação de três dias que também incluiriam um fim de semana. A gestão do DCE mostrou-se fechada em ceder qualquer modificação na data, argumentando a preocupação de que a Calourada não coincidisse com o Triângulo Music e o Festival da Canção da UFU, e a necessidade de que esta abarcasse cinco dias de festas. As entidades representativas, em tentativa de apresentar uma solução que estabelecesse consenso entre todos os interesses, propuseram que a Calourada ocorresse entre os dias 3 a 7 de outubro. A proposta de data foi votada, tendo apoio de todos os DA’s e CA’s que se posicionaram, entretanto o DCE, de maneira autoritária, simplesmente se posicionou que não acataria a decisão do CONDAS. Nos perguntamos: onde está a “democracia” que eles afirmaram existir?
A partir da indignação das entidades e grupos de estudantes com a situação, a data da Calourada, foi na semana seguinte, adiada para 28/09 a 02/10. Em CONDAS realizado no dia 23 de setembro, o DCE apresentou o material de divulgação da Calourada, onde os DA’s e CA’s perceberam claramente o desrespeito por parte da gestão do DCE com a temática e eixos de discussão deliberados no primeiro CONDAS de Calourada (o panfleto traz tema e eixos totalmente diferentes dos que foram acordados), a inexistência de divulgação das atividades realizadas pelos DA’s, CA’s e grupos de estudantes e a vinculação de patrocínio de empresas que incluem uma marca de cerveja, sem que isso tivesse sido apresentado para discussão no CONDAS.


Por que esta Calourada não nos representa?

1) A forma de ingerência em que a calourada foi construída, não priorizando uma construção coletiva. Praticamente a proposta do DCE foi colocada para o conjunto de D.A´s e C.A´s "goela a baixo" sem margem para nenhuma proposição; nos restringindo apenas a proposição das atividades elaboradas pelas próprias entidades e organizações estudantis a moda do "cada um em seu quadrado". Muitas das deliberações do CONDAS não foram acatadas e foram atropeladas;

2) Pelo não concordância com o projeto político da calourada. Percebe-se claramente o projeto político da calourada expresso pela atual gestão do DCE (UJS/KIZOMBA) em que prioriza em sua divulgação atividades festivas que inclusive vai na contra mão das discussões acumuladas sobre o assunto do caráter cultural das atividades festivas, suas finalidades, etc. Além disso as atividades dos D.A´s e C.A´s colocam-se como secundárias na divulgação não incorporando-se ao principal material gráfico do evento;

3) Pela não concordância com a temática. A temática da calourada foi no mínimo, distorcida, uma vez que o objetivo escrito no material de divulgação anuncia que a principal questão da calourada é discutir a "expansão" que o  REUNI proporcionou para os jovens no sentido positivo do projeto. Isso não foi consenso no CONDAS e não foi a temática deliberada que estava relacionada ao Trabalho, assistência estudantil e acesso a universidade pública.

4) Pela não concordância sobre as formas de financiamento. A calourada está vinculada a uma rede de patrocínio relacionada ao setor privado que inclusive transforma o evento em uma espécie de conexão Triângulo Music, oferecendo promoções de ingressos e outras premiações. Por trás dessa conexão está o grupo Algar/CTBC. Isso descaracteriza a nossa calourada como uma atividade do Movimento Estudantil para os estudantes e feita por estes. Isso é dar abertura para o reino da mercadoria dominar tanto em seus signos quanto também na ideologia e formas de retorno financeiro veiculadas a propaganda gerada no evento. Acreditamos que isso não condiz com os objetivos de uma universidade pública. Lembrando também que existe o patrocínio de uma empresa de cerveja que ajuda o avanço moralista de uma crítica aos estudantes em que somos tachados como os apologetas da alcoolemia.

Uma outra Calourada é possível!
Acreditamos que é função do DCE e do conjunto de entidades representativas dos estudantes construir uma calourada capaz de apresentar esta nova realidade, que é a vida universitária, através do olhar dos próprios estudantes. As Calouradas costumam ser momentos marcantes na trajetória de um estudante universitário e não podemos ser coniventes com posturas que transformam este espaço em apenas um evento festivo que serve para conexão do Triângulo Music. Onde estão os espaços de debates que realmente expressam a vivência universitária na sua riqueza de debates políticos e culturais?
Precisamos nos contrapor à tendência massificante e alienadora que tem caracterizado as Calouradas, principalmente nas universidades particulares, e que agora tem atingido a própria UFU, tornando o espaço público num lugar do marketing e do business. Um retrocesso histórico tanto para o movimento estudantil quanto para a Universidade Pública como um todo.

Centro Acadêmico de Ciências Sociais
Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental
Centro Acadêmico de História
Diretório Acadêmico Direito
Diretório Acadêmico da Engenharia Civil
Diretório Acadêmico da Geografia
Diretório Acadêmico da Psicologia
Diretório Acadêmico Livre de Arquitetura e Urbanismo
Diretório Acadêmico Relações Internacionais
Diretório Acadêmico de Adminisitração
Diretório Acadêmico de Gestão da Informação
Diretório Acadêmico de Biologia 
Diretório Acadêmico de Engenharia Elétrica 
Diretório Acadêmico de Engenharia Mecânica, Mecatrônica e Aeronáutica
Diretório Acadêmico de Gestão em Saúde Ambiental