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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Moções de apoio da FEMEH ao movimento estudantil da UFF, da UFRB e do Chile






MOÇÃO DE APOIO A PARALISAÇÃO ESTUDANTIL DA UFRB

 A Federação do Movimento Estudantil de História, de acordo com seu posicionamento histórico de luta em defesa da qualidade educacional neste país e ciente das diversas lutas estudantis que vem se somando nas Universidades Brasileiras, manifesta o total apoio aos/as estudantes que decidiram paralisar as atividades da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), e iniciar a greve estudantil. 
Ratificamos o entendimento expresso na Carta Aberta ao mencionar que "A construção de um país soberano perpassa pelo fortalecimento da educação pública e não com a adoção de medidas de favorecimento a rede privada de ensino", deste modo acreditamos que a luta levantada pelos estudantes da UFRB se insere no enfrentamento às políticas educacionais adotadas pelo governo brasileiro que estão, sobretudo sob a égide do capital, transformando a educação em mercadoria. Acreditamos que as greves constituem-se como legitimas forma de luta e que, os/as estudantes da UFRB estão se somando aos diversos lutadores da educação neste país na medida em que ecoam o grito das mobilizações estudantis no Brasil dizendo "Chega de migalhas" e defendem "uma universidade que atenda os interesses do povo, independente e autônoma, democrática e 100% pública!".
A FEMEH reafirma, portanto, seu comprometimento em apoiar energeticamente os diversos movimentos que buscam transformar a realidade ao seu redor através da mobilização e da luta. Defendemos uma educação pública, gratuita, popular, laica, democrática e de qualidade como pressuposto para uma universidade crítica e transformadora, espaço de reflexão, ação e do povo.

Mantenham-se firmes.
Coordenação Nacional da Federação do Movimento Estudantil de História.





Moção de apoio à ocupação da reitoria da UFF
A federação do movimento estudantil de história vem por meio desta apoiar todas/os estudantes que ocupam nesse momento a reitoria da Universidade Federal Fluminese. A ocupação de hoje é resultado de uma assembléia geral que apontou a necessidade de discutir democraticamente os atuais problemas que ocorrem dentro da Universidade.
Na semana passada, houve uma ocupação pacífica de um dia, que por pressão da polícia, se desfez. Além da repressão e criminalização do movimento, mais questões se somam à ocupação:
- Existe um projeto de abrir duas vias que passariam por dentro da UFF – campus Gragoatá (Via Orla e Via 100), ocasionando não só um problema para a Universidade, mas também o despejo de mais de 100 famílias. Essas obras estão ligadas diretamente à Copa e as Olimpíadas.
- Ao mesmo tempo, estão em construção dentro da UFF alguns prédios sem licença legal para tal. Por meio de um acordo com a prefeitura, os prédios poderão prosseguir em andamento de obra caso a reitoria concorde em deixar que estas vias sejam construídas.
- A construção dessas vias também prejudicaria o Campus Rio Vermelho, ocasionando um grande fluxo de carros e podendo ocasionar diversos transtornos.
- Em um dos campus do interior, uma menina foi morta, vítima de um atropelamento por questões ligadas à esse tipo de problema.
- A liberação dessa construção será dada via Ad Referendum, o que demonstra a completa falta de democracia interna dentro da Universidade e uma postura completamente autoritária da administração superior.
Frente a essas questões, a ocupação se dá em torno das seguintes pautas centrais:
- A entrega dos prédios em construção para atender problemas realmente urgentes, como moradia universitária;
- Um debate amplo com a comunidade sobre a construção dessas vias e uma decisão democrática acerca disso;
Além disso, se soma pautas gerais, como a bandeira dos 10% do PIB para a educação e apoio à greve dos servidores da UFF.
A ocupação se chama “Manoel Gutierrez e Maria Cremilda” em homenagem ao estudante chileno morto pela polícia do Presidente Piñera e da estudante da UFF que morreu vítima de atropelamento em frente ao Pólo Universitário de Rio das Ostras.
Coordenação Nacional da Federação do Movimento Estudantil de História.


Carta de solidariedade ao movimento estudantil chileno.







“Sigan ustedes sabiendo que,
mucho más temprano que tarde,
 de nuevo se abrirán las grandes alamedas
por donde pase el mujer/hombre libre,
para construir una sociedad mejor.
¡Viva Chile!
¡Viva el pueblo!
¡Vivan los trabajadores!”
(Allende)
A Federação do Movimento Estudantil de História vem por meio desta expressar o seu apoio total à todas e todos estudantes chilenos que estão em luta por uma educação gratuita e de qualidade, que abarque as reais necessidades do povo chileno.
Repudiamos todas as ações de repressão e criminalização com a qual o governo Piñera tem tratado o povo, que acima de tudo, está lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.
Visualizamos uma completa quebra dos direitos humanos nesse processo, não só com o modo que a educação vem sendo tratada no Chile, mas com todas as ações autoritárias e violentas com as quais o governo responde à isso.
A Federação do Movimento Estudantil de História se soma à essa luta depositando solidariedade irrestrita.
  
Hasta La Victoria, Siempre!
Coordenação Nacional da Federação do Movimento Estudantil de História.


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